Se dançam. É de impressionar o remelexo impregnado em suas ancas. Outro dia, vi uma banda angolana se apresentando e digo que fiquei estagnada em frente à tv ao ver duas dançarinas angolanas se sacudindo. Eram morenas de angolas e dançavam carregadas de emoção. Mas não foi só isso, ainda que a emoção seja relevante em alguma expressão artística (quase um ritual), falo, principalmente, do sorriso intenso e verdadeiro em seus rostos e de como suas pernas pareciam não obedecer aos seus corpos. Só pareciam, somente, pois as pernas obedeciam sim, aos seus corpos, como uma orquestra obedece ao maestro. Angola está se reconstruindo depois de quase 30 anos de guerra. Creio que o requebrado destas mulheres acompanhado de seus belos sorrisos são a frente dessa transformação.
Obs. A banda era Yuri da Cunha.
Obs. A banda era Yuri da Cunha.